Primeiro óleo da camada pré-sal

Petrobras iniciou a produção do primeiro óleo da camada pré-sal, enquanto isso as discussões a respeito da exploração das reservas seguem e até o momento não há nenhum posicionamento do governo federal sobre como ficará a regulação do mercado

A Petrobras iniciou no dia 2 de setembro, a produção do primeiro óleo da camada pré-sal, no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, no litoral sul do Espírito Santo, estimando uma produção de 18 mil barris/dia. Isso deverá servir de teste para o desenvolvimento dos campos gigantes descobertos na Bacia de Santos.

A camada pré-sal possui cerca de 800 quilômetros de extensão e 200 quilômetros de largura, e vai desde o litoral do Espírito Santo até Santa Catarina. A primeira área avaliada – Tupi – possui volumes estimados entre 5 e 8 bilhões de barris, o que a classificaria como o maior campo de petróleo descoberto no mundo desde 2000.

As pesquisas começaram em 2005 e, de lá para cá, já foram encontradas jazidas de óleo leve nos blocos Parati, Carioca, Caramba e nos campos de Caxaréu e Pirambu, ambos na Bacia de Campos. Nos últimos dois anos a estatal investiu aproximadamente R$ 1,7 bilhões na perfuração de 15 poços que atingiram as camadas pré-sal. Oito já foram testados e indicaram presença de petróleo leve de alto valor comercial e grande quantidade de gás natural associado, mas ainda não tiveram declarada a comercialidade, estando em fase de avaliação.

Para chegar à camada pré-sal, a Petrobras teve que superar muitos desafios tecnológicos, já que a camada possui cerca de 2 mil metros de espessura e a profundidade final dos poços chega a mais de 7 mil metros abaixo da superfície do mar. No Centro de Pesquisas da Companhia estão sendo testados processos inéditos, como a abertura de cavernas no sal para servirem de reservatórios para o gás, até que entre em operação o projeto-piloto. Outra inovação em estudos é a geração de energia na própria área, que seria levada por cabos elétricos submarinos até a terra.

Porém, as discussões a respeito da exploração das reservas de petróleo e gás natural na camada pré-sal seguem e até o momento não há nenhum posicionamento do governo federal sobre como ficará a regulação do mercado. A Comissão Interministerial responsável pela análise da necessidade de alterações nas regras para exploração das áreas reuniu-se no dia 26 de agosto. No entanto a comissão tem até o dia 19 de setembro para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva os resultados dos estudos.

De acordo com declarações do ministro de Minas e Energia à imprensa, os modelos de regulação em estudo têm em comum a criação de um fundo soberano para os recursos oriundos do petróleo extraído. Um dos modelos de regulação da exploração de petróleo na camada pré-sal apontados como inspiração para um possível novo modelo brasileiro é o modelo norueguês. Nesse modelo é o governo quem escolhe as empresas privadas que vão explorar os campos de petróleo, não há licitação nem leilão de áreas.

Mesmo diante dos impasses na regulação, a Petrobras confirmou a assinatura do memorando de entendimento com a empresa japonesa Mitsui Ocean Development & Engineering (Modec) para a construção da plataforma que será utilizada no mega-campo de Tupi. O memorando de entendimento prevê a construção, afretamento e operação da FPSO “Cidade de Angra dos Reis MV22”, que será alugada pela Petrobras por 15 anos, com opção de mais cinco. A FPSO terá capacidade para processar 100 mil barris/dia de petróleo, 150 milhões de pés cúbicos de gás natural e capacidade para armazenar até 1,6 milhão de barris. A plataforma deverá chegar ao país em 2010, quando a Petrobras iniciará o projeto piloto do mega-campo. No entanto, a estatal prevê que o Teste de Longa Duração (TLD) do campo de Tupi comece já no primeiro trimestre de 2009, com uma produção inicial de cerca de 30 mil barris de petróleo.

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