Produção de petróleo e gás cai no Ceará

Enquanto a produção de petróleo e gás da Petrobras, no mês de junho, superou índices de 2008, o desempenho dos poços e plataformas do Ceará ficou aquém do esperado. No país, a estatal produziu uma média de 2.505.379 barris de óleo equivalente por dia, que representa aumento de 3,5% ante igual período do ano passado. No Estado, a média foi de 8.525 barris, que mostram queda de 22,5%.

Segundo a assessoria de imprensa da empresa, desde o primeiro semestre de 2008 a capacidade média de produção diária em poços de terra e mar do Ceará é de 11 mil barris de óleo equivalente. A Petrobras atribui a queda no mês passado a uma paralisação para manutenção no campo de Atum, localizado no município de Paracuru. Segundo a estatal, a atividade já foi retomada.

Se comparada a maio deste ano, a produção total da Petrobras em junho teve redução de 1,6%. A queda foi puxada pelo fraco desempenho da produção interna — a empresa tem campos de exploração em 10 estados. Uma paralisação programada em duas plataformas da bacia de Campos (RJ) e em dois poços do Campo de Golfinho (ES) prejudicou a exploração de petróleo e gás.

Nos nove países onde possui plataformas e poços, a produção da Petrobras registrou, em junho, aumento de 5,4% sobre o mês anterior.

Investimentos

Em 2009 o orçamento da Petrobras na área de exploração e produção de petróleo no Ceará é de R$ 230 milhões. Entre os projetos de investimento, está a ampliação da injeção de água nos campos marítimos, visando o aumento da recuperação de petróleo.

Na área terrestre, para o período de 2009-2013, a companhia estuda a perfuração de centenas de poços a mais na região, com um investimento na ordem de R$ 218 milhões, na produção terrestre.

Para explorar em águas profundas do Estado a estatal prevê a perfuração de três poços, sendo um em 2010 e dois em 2011. Também estão previstas atividades na porção da Bacia Potiguar que se estende para o Ceará, que contemplam estudos geológicos e geofísicos, culminando com a perfuração de dois mais poços exploratórios até o ano 2012.

No momento, está tramitando o processo de licenciamento ambiental, no Ibama, para os poços a serem perfurados na Bacia do Ceará.

Cresce produção de petróleo e gás natural

A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e no exterior em junho atingiu a média diária de 2.505.379 barris de óleo equivalente diários (boed). Esse resultado foi 3,5% maior que o de junho de 2008 e 1,6% abaixo do volume total extraído em maio do corrente ano.

Considerando apenas os campos no País, a produção de petróleo e gás natural atingiu a média de 2.253.414 barris de óleo equivalente por dia (boed), refletindo um aumento de 2,3% sobre o volume de junho do ano passado (2.203.039 boed) e uma redução de 2,4% em relação à produção do mês anterior.

A produção exclusiva de petróleo dos campos nacionais, de 1.926.646 barris/dia, superou em 3,2% a do mesmo mês do ano passado (1.867.336 b/d) e ficou 3,2% abaixo do volume produzido em maio (1.989.322 b/d).

Esta redução temporária de volume foi conseqüência de parada programada em duas plataformas da Bacia de Campos (P-37, Marlim e P-40, Marlim Sul) e da interrupção da produção, por cerca de dois meses, de dois poços do campo de Golfinho, no mar do Espírito Santo. Estes poços produziam para o FPSO Capixaba e estão sendo interligados ao FPSO Cidade de Vitória, que já produz na área. O FPSO Capixaba, com capacidade para 100 mil barris/dia, passará por adaptações e, em meados do próximo ano, será instalado no campo de Cachalote, também no mar do Espírito Santo.

O volume de petróleo e gás natural proveniente dos nove países onde a Petrobras mantém ativos de produção, em barris de óleo equivalente, chegou a 251.965 boed, 6,5% superior ao volume produzido no mês anterior e 15,5% acima da produção de junho de 2008.  Contribuíram para o aumento a entrada de novos poços produtores no campo de Akpo, na Nigéria.

A produção de gás natural dos campos nacionais foi de 51,952 milhões de metros cúbicos diários, mantendo-se nos mesmos níveis do volume produzido no mês anterior e em junho de 2008.

A produção de gás natural no exterior foi de 17,955 milhões de metros cúbicos diários, apresentando um acréscimo de 5,4% em relação ao mês anterior. Este resultado deve-se à normalização da produção na Argentina após paralisação ocorrida em maio. Já em relação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 4,7%, em decorrência da entrada de novos poços produtores de gás na Argentina.

Chega ao Brasil primeiro carregamento de GNL vendido pela Shell

A Shell entregou, neste fim de semana, 135 mil metros cúbicos de Gás Natural Liquefeito (GNL) à Petrobras no terminal de regaseificação de Pecém, no Ceará.
A Shell entregou, neste fim de semana, 135 mil metros cúbicos de Gás Natural Liquefeito (GNL) à Petrobras no terminal de regaseificação de Pecém, no Ceará. O volume corresponde a cerca de 80 milhões de metros cúbicos de gás natural no estado gasoso, o equivalente a seis dias de vendas da Comgás, maior distribuidora do Brasil. Trata-se da primeira venda de GNL pela Shell para a América do Sul.

O negócio faz parte do acordo assinado pelas duas empresas em março de 2008 para atendimento aos terminais de regaseificação da Petrobras. O objetivo é prover parte da capacidade de importação da estatal e garantir o fornecimento de gás natural para geração termelétrica.

Uma vez regaseificado, o GNL é injetado nos gasodutos e entregue às distribuidoras para venda aos clientes. “Esta é a primeira entrega pela Shell, não só no Brasil, mas na América do Sul, representando um marco importante para nós, com a entrada em novo mercado de GNL. Faz parte da nossa estratégia de contribuir para a adoção de combustíveis mais limpos e para o suprimento da demanda por energia no país”, afirma o presidente da Shell Brasil, Vasco Dias.

Pelo acordo, a Petrobras comprará o gás em forma líquida, resfriado a -164°C, transportado pela Shell em navios. Além de ter os mesmos benefícios de queima limpa do gás natural, o suprimento de GNL, por suas características logísticas, otimiza o transporte para diferentes localidades e dá maior flexibilidade ao mercado, já que o produto pode ser entregue nos momentos em que haja demanda por gás adicional — geralmente para termelétricas, em virtude de baixa na produção hidrelétrica em períodos de seca, por exemplo.

 

6º Seminário Internacional de Geotecnologias para Petróleo e Gás

O evento ocorrerá junto com a décima edição do GEO Summit Latin America – Congresso e Feira Internacional de Geoinformação
O 6º Seminário Internacional de Geotecnologias para Petróleo e Gás, a ser realizado de 21 a 23 de julho, em São Paulo, apresentará dezenas de novos projetos e tecnologias desenvolvidas no Brasil e no exterior na área de petróleo, gás e seus derivados.

O evento ocorrerá junto com a décima edição do GEO Summit Latin America – Congresso e Feira Internacional de Geoinformação, que pretende promover a troca de experiências entre pesquisadores e profissionais de setores como geoprocessamento, cartografia e sensoriamento remoto.

“Contribuição da geotecnologia para a sustentabilidade”, “Saneamento ambiental e recursos hídricos”, “Gestão digital e e-governo”, “Atualização de dados geoespaciais” e “Infraestrutura de dados espaciais no Brasil e no mundo” serão assuntos em pauta.

Mais informações: www.geobr.com.br

Regaseificadores operam no Porto do Pecém

Os navios Golar Spirit e Golar Winter estão atracados no Porto do Pecém desde sábado passado, realizando operações de regaseificação de 114.206,947 m3 de GNL para alimentação das termoelétricas instaladas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém e da Companhia de Gás do Ceará – CEGÁS.

É esta a primeira vez que dois regaseificadores de GNL estão em ação ao mesmo tempo no terminal portuário de São Gonçalo do Amarante, transbordando do Winter para o Spirit, sendo o primeiro da Baia de Guanabara e este último do Porto do Pecém.

Esta operação será realizada durante os próximos trinta dias, devendo o Winter retornar ao Rio de Janeiro com saída prevista para o dia 4 de agosto.

Mercado de Gás Natural reage

O consumo médio diário de gás natural registrado no mês de maio atingiu 41,5 milhões de metros cúbicos em todo o país, de acordo com dados consolidados da Abegás – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado.

Depois de sucessivas quedas, o consumo de gás natural em maio apresentou alta de 26,50% em relação a abril considerando-se todos os segmentos, à exceção do automotivo onde os volumes continuam apresentando retração. Estes números mostram que o mercado de gás natural reagiu: passou de um patamar próximo dos 34 mil m³/dia para 41,5 mil no último mês.
Esse aumento é explicado por dois fatores principais: pelo crescimento do volume comercializado no setor termelétrico e por uma ligeira reação do segmento industrial. Em maio, a geração elétrica consumiu 160,95% a mais em relação a abril, enquanto que as indústrias aumentaram seu consumo em 8,74% no mesmo período. Expressivos também foram os saltos – de abril para maio – de 32,81% no consumo de gás natural pelo setor de co-geração (de 1,8 a 2,5 milhões de metros cúbicos por dia); de 15,44% pelas residências (de 675 a 779 mil m³/dia); e de 6,25% pelo segmento comercial (de 560 a 595 mil m³/dia). Em contrapartida, o uso de gás natural em automóveis caiu 1,09% de um mês para o outro (maio em relação a abril).
Isso demonstra o potencial do mercado de gás natural que, apesar dos desestímulos nos últimos tempos, dá mostras de reação. As companhias continuam investindo em infra-estrutura para disponibilizar o Gás Natural em todas as regiões do país: a rede de distribuição de gás natural aumentou 2,71%, de 16.919,95 km em janeiro para 17.378,52 km em maio de 2009.
A região Sudeste continua sendo a região que mais consome gás natural no país, com 30,2 milhões de metros cúbicos consumidos por dia em maio. Na seqüência, estão as regiões Nordeste com 5,8 milhões m³/dia e Sul com 5,3 milhões. Já as Regiões Centro-Oeste e Norte consumiram, respectivamente, 148,8 mil m³/dia e 2,5 mil m³/dia.
De um ano ao outro
Com relação ao mesmo período no ano anterior (maio), o consumo de gás natural apresentou retração de 16,49%, devido à redução da produção industrial em decorrência da crise financeira mundial, mas principalmente pela perda de competitividade do gás natural em relação aos outros combustíveis. De 2008 para 2009, analisando cada setor individualmente, nota-se que, à exceção das residências (com aumento de 7,96%) e do segmento de co-geração (com aumento de 1,65%), todos  os setores apresentaram índices de retração. Os que mais influíram nesta queda foram as indústrias e as termoelétricas, que apresentaram queda no consumo de, respectivamente, 23,39% e 11,90%. Já o setor automotivo caiu 14,96% e o setor comercial 2,07%.

 

Estados Unidos: Uma importante empresa de logística aposta no GNV

A empresa americana UPS incorporou 300 novos caminhões propulsados a gás natural veicular a sua frota. Assim, a empresa se transformou na maior frota privada de veículos alternativos na indústria de logística, com 1.819 unidades das quais 800 funcionam a GNV.

Robert Hall, diretor de Engenharia de Veículos da UPS, disse que “esta nova incorporação de GNV é mais um passo para a conversão completa da nossa frota ‘verde’” e acrescentou que “incorporar veículos de entrega amigáveis com o meio ambiente é uma das muitas maneiras em que nossa empresa demonstra seu compromisso com as práticas de negócio sustentáveis e ecológicas”.

Os novos caminhões são unidades que contam com o sistema de gás natural veicular de fábrica, externamente idênticas aos clássicos caminhões marrons, mas claramente identificados como veículos ecológicos.

Crise provoca desperdício recorde de gás em 2009, diz ANP

A queima de gás natural no país nos quatro primeiros meses de 2009 é a maior desta década para o período, segundo dados da ANP (Agência nacional do Petróleo). De janeiro a abril, foram perdidos, em média, 7,7 milhões de metros cúbicos/dia, avanço de 67% sobre o desperdício de 4,6 milhões de metros cúbicos/dia observados em igual período em 2008.

Este nível de perda de gás supera os 7,6 milhões de metros cúbicos diários observados em 2002. Naquela época, além de a produção da Petrobras ser menor, boa parte das medidas adotadas para reduzir o desperdício de gás ainda não tinham sido implementadas.

A maior parte da produção de gás no Brasil é associada ao petróleo, ou seja, os dois são obtidos de forma conjunta. Para se reduzir a extração de gás, seria necessário diminuir a produção de petróleo em um determinado campo.

O forte incremento na perda de gás está associada à crise econômica, já que a indústria, principal mercado consumidor, reduziu seu nível de produção de forma significativa após setembro, e consequentemente, passou a consumir menos gás. Em outubro do ano passado, a queima de gás aumentou 22%, na comparação com o mês anterior.

O pico de desperdício de gás, no entanto, foi verificado em março, quando foram queimados, em média, 9,7 milhões de metros cúbicos/dia de gás.

No mês seguinte, houve queda, mas as perdas continuam altas. Em abril, foram queimados 8,9 milhões de metros cúbicos/dia, volume 112% superior aos 4,2 milhões de metros cúbicos/dia constatados em abril de 2008.

A VALE no Petróleo e no Gás Natural

Ao anunciar a parceria com a Petrobras, através da compra de 25% em três concessões no bloco ES-22, a VALE aprofunda os seus investimentos no segmento de exploração e produção de petróleo e gás no Brasil. Com a parceria no bloco ES-22 a VALE passa a ter 29 concessões exploratórias no Brasil, sendo 25 com a Petrobras. O interesse da VALE é explicado, principalmente, pela importância do gás natural como fonte energética para a empresa. Atualmente, a VALE consome 2 milhões de m3/dia e tem potencial para 6 milhões de m3/dia. A nova Lei do Gás também colaborou para apressar os investimentos da VALE na exploração e produção de petróleo e gás. Com a nova lei surge a figura do auto-produtor. O auto-produtor pode consumir o seu gás nas suas plantas sem pagar margem para distribuidora estadual. Isso reduz bastante o custo do gás. Além do mais, incentiva o surgimento de novos produtores que poderão contestar o atual monopólio da Petrobras. Isso porque poderão vender diretamente para as distribuidoras a parcela de gás que não for consumida nas suas plantas.