CEGÁS discute parcerias com Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

O presidente da Companhia de Gás do Ceará (CEGÁS), Miguel Nery, e o Secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social – SEDES do Governo Federal, Inácio Arruda, reuniram-se hoje na sede da CEGÁS, em Fortaleza, para discutir parcerias entre as duas instituições. Participaram da reunião o diretor Técnico e Comercial da CEGÁS, Gustav Costa, a assessora especial da presidência da CEGÁS, Cissa Maia, e o gerente de Comunicação e Marketing da CEGÁS, Paulo Mota.
Nery apresentou a Arruda o projeto de criação de um HUB DE GÁS NATURAL no Ceará. Essa iniciativa, desenvolvida em parceria com a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (ADECE), visa ser um atrativo de novos negócios, posicionando o Ceará como um centro estratégico na cadeia de valor do gás natural no Brasil.
“Esse hub servirá como um ponto de referência para o estabelecimento de preços e contratos de gás natural, facilitando a liquidez e a transparência do mercado”, disse Nery.
Segundo Nery, O HUB DE GÁS NATURAL tem potencial para diversificar a matriz energética do Estado, estimular o crescimento econômico, gerar empregos, assegurar o suprimento de gás e estabelecer conexões internacionais e parcerias estratégicas, impulsionando a inovação.
Na reunião, Nery e Gustav apresentaram as ideias da empresa para contribuir com a transição energética na logística do transporte rodoviário de cargas. Segundo Nery, a CEGÁS possui uma estratégia de ampliação da infraestrutura de abastecimento de gás natural e biometano em rotas específicas de veículos pesados no Ceará, em sinergia com outras distribuidoras do Nordeste.
“A ideia é criar um “corredor azul”, onde os veículos pesados possam ter a disponibilidade do gás natural e/ou biometano no abastecimento, contribuindo, efetivamente, com a descarbonização”, disse Gustav.
Um Corredor Azul é uma infraestrutura criada para permitir o uso de gás natural ou biometano como combustível em veículos rodoviários. Ele recebe esse nome devido à cor da chama do gás quando queimado. O conceito surgiu na Rússia e refere-se a rotas em que caminhões utilizam GNV (gás natural veicular) ou GNL (gás liquefeito) em vez de diesel. Na Europa, esses corredores já existem há mais de duas décadas e têm sido usados para abastecer caminhões e ônibus.
Basicamente, um Corredor Azul é uma rota com pontos de abastecimento de GNV ou biometano. Ter postos de Gás Natural Veicular (GNV) ou Biometano ao longo dessas rotas é essencial para incentivar a transição energética no transporte de cargas pesadas, além de reduzir os riscos de falta de combustível durante o trajeto.
Arruda disse que as ideias apresentadas estão em sintonia com as diretrizes do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação e se comprometeu a apoiar as proposições da CEGÁS no âmbito de sua pasta. Na reunião, Arruda foi convidado para  ser palestrante no seminário “O Biometano e o Gás Natural na transição energética”, que ocorrerá dia 18 de outubro, na sede da CEGÁS, em Fortaleza. O Secretário Inácio Arruda confirmou a sua participação como palestrante no Seminário.

CEGÁS representa o Brasil em reunião sobre transição energética em Bogotá, Colômbia

No período de 11 a 13 de setembro, a Gerente de Suprimento e Transporte de Gás da CEGÁS, Thaís de Melo, representou o Brasil na 5ª Reunião do Comitê de Utilização da International Gas Union (IGU), realizada em Bogotá, Colômbia. Ela esteve acompanhada de Willian Anderson Lehmkuhl, da SCGÁS, em um evento que reuniu representantes de diversos países para discutir o futuro da transição energética no setor de gás.

Nos debates, Thaís destacou a relevância das discussões globais sobre a transição energética e as ações dos países para promover essa mudança de maneira justa e eficiente. “As discussões no âmbito do Comitê de Utilização da IGU são entre as nações referentes à transição energética e às ações de cada país no mercado de gás para que ela ocorra de forma justa e eficiente. Somos benchmark em muitas ações e, simultaneamente, aprendemos com a experiência de muitos países. Além disso, vale ressaltar que a frota pública de ônibus a gás natural de Bogotá é a maior da América Latina e uma das maiores do mundo. Conhecer todo o sistema dessa logística in loco nos mostra importantes ações que o Brasil deve seguir para desenvolver esse mercado de forma similar”, afirmou Thaís.

Além das discussões sobre a transição energética, o evento também serviu para alinhar as ações necessárias para a 29ª Conferência Mundial do Gás (WGC2025), que ocorrerá na China. Este evento é considerado o mais importante da indústria de gás natural no mundo e ocorre desde 1931, a cada três anos, no país que estiver exercendo a presidência da IGU.

A IGU, fundada em 1931, é uma organização sem fins lucrativos, com sede em Vevey, Suíça, e secretaria localizada em Londres, Reino Unido. Com mais de 150 membros, que representam mais de 90% do mercado global de gás, sua missão é promover o gás como parte de um sistema de energia global sustentável e estimular o progresso político, técnico e econômico da indústria.

Thaís de Melo, além de representar o Brasil no Comitê de Utilização da IGU, foi nomeada Secretária Executiva do comitê, que tem como prioridade focar em uma transição energética sustentável. Entre as principais ferramentas para essa transição, destacam-se o biometano e o hidrogênio verde, considerados essenciais para descarbonizar o consumo final e ampliar a oferta de eletricidade. O comitê é formado por representantes de 18 países e se reunirá presencialmente a cada semestre até o final do triênio em 2025.

Com essa participação, o Brasil reafirma seu papel de destaque nas discussões globais sobre a transição energética, mostrando-se aberto a aprender com a experiência internacional, ao mesmo tempo em que compartilha as suas melhores práticas no setor de gás.