Com foco na indústria de gás e energia gasosa, a Gerente de Suprimento e Transporte de Gás da CEGÁS, Thaís de Melo, representou o Brasil, no período de 12 a 16 de maio, em Banff, Canadá, juntamente com Clayton Rodrigues Cintra, da Petrobras, da 4ª Reunião do Comitê de Utilização da International Gas Union (IGU) e da International Gas Research Conference 2024 (IGRC).
Nas discussões sobre transição energética a nível global entre os representantes dos diferentes países, Thaís afirma: “Os debates acerca do mercado de gás têm foco na transição energética mundial e nas estratégias de cada nação para torná-la realidade. Assim como muitos países, temos muito o que aprender com os demais, mas também assumimos uma grande relevância em nossas atuações em busca de uma transição energética eficiente, sendo exemplo para outras nações.”
Além disso, nas reuniões da última semana, foram discutidas as responsabilidades e a preparação necessária para a 29ª Conferência Mundial do Gás (29th World Gas Conference, ou WGC2023), a qual ocorrerá em 2025, na China. As Conferências Mundiais de Gás ocorrem desde 1931, a cada três anos, no país em que estiver exercendo a presidência da União Mundial do Gás (IGU), sendo considerados os eventos mais importantes da indústria de gás natural no mundo.
A IGU é uma organização mundial sem fins lucrativos registrada em Vevey, Suíça, com a Secretaria sediada em Londres, Reino Unido. Sua missão é defender o gás como parte integrante de um sistema de energia global sustentável e promover o progresso político, técnico e econômico da indústria. Os mais de 150 membros da IGU são associações e corporações que representam mais de 90% do mercado global de gás.
Além de membro representante do Brasil no Comitê de Utilização da IGU, Thaís de Melo foi nomeada como Secretária Executiva do Comitê de Utilização da IGU, que definiu como prioridade focar em uma transição energética sustentável, com o biometano e o hidrogênio verde como ferramentas essenciais para descarbonizar o uso final do consumidor, buscando experiências em que estes energéticos concorram para aumentar a oferta de eletricidade.
O comitê é composto por representantes de 18 países e se reúne presencialmente a cada semestre até o final do triênio em 2025. “A experiência da CEGÁS no pioneirismo quanto à distribuição de biometano injetado na rede nos dá grande protagonismo no que se refere à transição energética no âmbito da IGU. Em relação ao hidrogênio verde, temos um grande potencial local e as experiências dos outros países nos mostram importantes soluções que podemos seguir aqui”, disse Thais.
Pioneira no Brasil, a CEGÁS começou a injetar o biometano em sua rede em maio de 2018 – e hoje, o insumo representa quase 15% no volume de distribuição da Companhia Cearense. O biometano distribuído pela CEGÁS é proveniente do uso de resíduos sólidos do Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia, localizado na Região Metropolitana de Fortaleza. O energético, produzido pelo GNR Fortaleza, uma parceria entre a Marquise Ambiental e a MDC (por intermédio da Ecometano), era inicialmente fornecido apenas a uma fábrica do setor cerâmico. Sua distribuição ao consumidor abrangeu a partir da regulação criada em 2017, especificando as características que o gás natural renovável precisaria ter para ser distribuído na rede das Concessionárias de Gás como biometano, emergindo com grande potencial ecológico e de redução de custos para o consumidor final.