CEGÁS entrega Selo Verde para clientes em evento virtual

A Companhia de Gás do Ceará (CEGÁS) entregou ontem (quinta-feira), em evento virtual, o Selo Verde da CEGÁS para 25 empresas e clientes dos segmentos comercial e industrial, especialmente convidados para o evento. A solenidade contou com a presença do presidente da CEGÁS, Hugo Figueirêdo, dos diretores Fábio Norcio e Flávio Barros, e de gerentes e assessores.
O Selo Verde é uma ação que visa distinguir os clientes da CEGÁS como usuários de um tipo de energia mais limpa, inovadora e eficiente. A exemplo de outros selos de certificação, que agregam valor aos seus detentores, o Selo Verde é distribuído entre os clientes residenciais, veiculares, comerciais e industriais da CEGÁS, para que sejam exibidos para seus clientes, moradores, passageiros e funcionários.
Atualmente, cerca de 15% do gás natural distribuído pela CEGÁS são gerados a partir da decomposição de resíduos orgânicos depositados no Aterro Sanitário de Caucaia, principal destinação de todo o resíduo sólido recolhido em Fortaleza. Trata-se do GNR (Gás Natural Renovável), combustível produzido numa planta da unidade de captação e tratamento instalada no aterro.Além da geração de energia, o GNR evita que mais de 610 toneladas de CO2 sejam lançadas na atmosfera, anualmente, o equivalente à retirada diária de mais de 800 mil litros de diesel do setor de transportes. Isso contribui para minimizar a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo, positivamente, para as futuras gerações.
Na rede de distribuição da CEGÁS, O GNR é misturado ao gás natural extraído no mesmo processo de produção do petróleo. O gás natural é considerado um combustível mais limpo e seguro, já que não apresenta restrições dos órgãos ambientais, melhora a qualidade do ar e dispensa equipamentos de controle de emissões. Além disso, o gás natural não emite cinzas, praticamente elimina a emissão de compostos de enxofre e dispensa a manipulação de produtos químicos perigosos. Por ser mais leve do que o ar, ele é mais seguro, já que não se acumular no ar.

O presidente Hugo Figueirêdo agradeceu a participação dos clientes e destacou o esforço da CEGÁS em realizar um atendimento de qualidade durante o período da pandemia. Segundo ele, neste período, a Companhia flexibilizou as condições de pagamento de seus clientes e mobilizou equipes especiais para que o gás natural chegasse em hospitais e indústrias que produzem insumos essenciais para o atendimento de vítimas do novo coronavírus.

Figueirêdo ressaltou, ainda, que o objetivo do Selo Verde é agregar mais valor às marcas das empresas clientes da CEGÁS. Segundo ele, o selo permite associar à imagem dos seus detentores valores de proteção do meio ambiente e de incentivo de práticas de vida saudável. “Tudo isso é possível por que o gás natural é considerado uma energia mais limpa e segura”, disse.

A diretora geral do Hospital Unimed de Fortaleza, Fernanda Colares, afirmou que a instituição adota como política a busca constante da sustentabilidade nas áreas social, econômica e ambiental.  Ela destacou que o Selo Verde reforça essa diretriz e que vai usar o selo com muito orgulho.

Os representantes do Hospital Leonardo da Vinci, especializado em tratar vítimas da Covid-19, disseram que a instituição já nasce com o DNA da sustentabilidade e que era uma alegria, em 5 meses de funcionamento do Hospital, receber o Selo Verde da CEGÁS.

Rita Salvador, do Assahi Motel, afirmou que tinha muito orgulho de participar da solenidade e receber o Selo Verde, já que todos os setores empresariais estão se movimentando no sentido da sustentabilidade ambiental. “Parabenizo a CEGÁS, tanto na questão do atendimento ao cliente, nesse momento de crise, como por essa iniciativa”. Afirmou, ainda, que, em breve, pretende ampliar o uso do gás natural para todas as unidades da rede de motéis.

 

 

Paulo Mota
Gerente de Comunicação e Marketing da CEGÁS
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Cel: 085 98902.5661

Hugo Figueirêdo: Por benefícios inclusivos do gás natural

Relevante capítulo da história da regulação do gás natural no Brasil encaminha-se para desfecho. Trata-se da tramitação, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei 6407/2013. O texto visa dar maior segurança jurídica para uma série de mudanças regulatórias, cujo objetivo é trazer mais concorrência ao mercado e, assim, reduzir as tarifas do gás canalizado ao consumidor final. A duplicação da oferta de gás natural nacional nos próximos 10 anos, com a entrada em produção de novos poços do pré-sal e da bacia de Sergipe/Alagoas, requer uma atenção redobrada no uso deste que é o combustível de transição para uma economia mais limpa. O aperfeiçoamento da proposta, entretanto, é fundamental para que ela se transforme em grande oportunidade de desenvolvimento para o País.

Dentre as principais novidades em relação ao arcabouço legal atual, estão: mudança no regime de exploração da atividade de transporte, de concessão para autorização, buscando ampliar a malha de transporte nacional, hoje limitada ao litoral e à conexão com a Bolívia; contratação do serviço de transporte por pontos de entrada e saída de gás, visando aumentar a participação de novos ofertantes e compradores de gás; acesso não discriminatório de terceiros a gasodutos de escoamento, a unidades de processamento de gás natural, e a terminais de gás natural liquefeito, evitando que proprietários dessas infraestruturas limitem a concorrência; e, reconhecimento da figura do consumidor livre, que utiliza a infraestrutura de distribuição, mas pode adquirir gás natural de qualquer comercializador, a exemplo do que já ocorre em alguns estados e no setor elétrico.

Há, entretanto, necessidade de ajustes no Projeto de Lei. Um deles refere-se às definições de gasoduto de transporte, cuja regulação, de competência da União, não pode ir de encontro ao artigo 25, §2º da Constituição Federal, que estabelece regulação da distribuição de gás natural como competência dos Estados. Com esse conflito, não haverá segurança jurídica.

Outro ponto refere-se à utilização do gás natural do pré-sal para implantação de térmicas operando a 100% da capacidade no interior do país, próximas aos centros de consumo de energia elétrica. Essas térmicas funcionam como âncoras de demanda para expansão da rede de gasodutos, levando os benefícios do gás natural para uma grande quantidade de novos consumidores dos segmentos industriais, comerciais, automotivos e residenciais. Atualmente, o volume de gás natural reinjetado em poços já está além do ótimo para extração de petróleo, sem gerar impostos para a União, estados e municípios.

Essas térmicas, ao mesmo tempo, trazem maior estabilidade ao sistema elétrico nacional, permitem a expansão acelerada das renováveis eólica e solar, e reduzem custos de operação do sistema elétrico. A economia ocorre pela substituição das térmicas mais caras a óleo combustível ou óleo diesel, e pela redução das perdas em linhas mais curtas de transmissão de energia elétrica. Alternativas à estabilidade do sistema elétrico, ou ainda não estão tecnologicamente maduras, como o uso de baterias de grande porte, ou não possuem potencial suficiente no Brasil, como o uso de usinas hidroelétricas reversíveis. Trata-se, portanto, do aproveitamento de oportunidade integrada de mercado, sem onerar os consumidores de energia elétrica, ao contrário.

Essas sugestões representam importante passo na formação de um mercado de gás mais competitivo e inclusivo, atraindo investimentos e gerando empregos. A seguir, será preciso adequar a regulação nos Estados, que, em última instância, disciplinam o relacionamento entre distribuidoras e usuários finais de gás canalizado. Mas esse é outro capítulo da mesma história.

Hugo Figueirêdo – Presidente da Cegás

 

Esse artigo foi originalmente publicado no O POVO Mais, em 21/08/2020.