A Companhia de Gás do Ceará (CEGÁS) recebeu no último sábado o Prêmio Regional de Inovação (Nutec Inova), concedido pela Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec) e realizado através de sua Agência de Inovação.
O prêmio foi recebido pelo presidente da CEGÁS, Hugo Figueirêdo, no stand do Nutec, no Centro de Eventos, durante a Feira do Conhecimento, promovida pelo Governo do Ceará, através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior e Instituto Centec. O gerente Operações e Manutenção da CEGÁS, Dalton Nascimento, e o presidente do Nutec, Francisco Magalhães, também participaram do ato.
O objetivo do Prêmio consiste em reconhecer empresas do Ceará que contribuam, de alguma forma, para a melhoria de práticas, processos, tecnologias e métodos que propiciem e se caracterizem como ações inovadoras.
A CEGÁS foi considerada a empresa mais inovadora na categoria “inovação em produtos”, em empresas de grande porte, pela experiência de distribuição de Gás Natural Renovável (GNR) para seus clientes industriais, residenciais, comerciais e automotivos.
A CEGÁS investiu R$ 22 milhões na construção de uma estação de transferência de custódia e de um gasoduto de 23 km que transporta o gás natural renovável produzido a partir do biogás gerado dos resíduos sólidos no ASMOC (Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia).
O projeto é bom de exemplo de Parceria Público-Privada. O governo do Ceará, por meio da Cegás, estruturou a operação e faz a distribuição do gás natural renovável, a prefeitura de Fortaleza viabilizou o acesso aos resíduos sólidos, a GNR Fortaleza (dos grupos Marquise e Ecometano) montou a usina de produção e a Cerbras- Cerâmica do Brasil, cliente da CEGÁS, assumiu o compromisso de consumir o gás produzido no período inicial da operação.
Trata-se de uma inciativa inovadora, ousada e pioneira, já que a CEGÁS foi a primeira distribuidora no Brasil a injetar na sua rede de gasodutos, a partir de dezembro de 2017, gás natural renovável produzido do lixo. Já a Cerbras tornou-se a primeira indústria brasileira a utilizar GNR canalizado em seu processo produtivo.
O projeto se adequa à Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada e sancionada em 2010, e à Política Estadual de Resíduos Sólidos do Ceará, de 2016, uma vez que o aterro recebe diariamente cerca de 3 mil toneladas de resíduos sólidos domiciliares, os quais são convertidos em biogás pela ação bacteriana e purificados em planta industrial para gerar o GNR.
O gasoduto de 23 km foi construído em Poliamida 12 e é considerado o maior do mundo com o uso deste material. Para fazer a distribuição do gás natural renovável para este gasoduto, foram construídos uma Estação de Transferência de Custódia – ETC – em Caucaia-CE e dois CRM’s – Conjunto de Regulagem e Medição – e suas respectivas interligações com a Cerbras.
Em setembro passado, a CEGÁS e a GNR Fortaleza assinaram contrato para ampliar a oferta de GNR em 20%. Pelo contrato, a GNR Fortaleza se compromete a aumentar sua produção de GNR de 75 mil metros cúbicos para 90 mil metros cúbicos diários. Com isso, a participação de GNR no total de gás natural distribuído pela CEGÁS cresce dos cerca de 15% atuais para 17%.
Atualmente, o Ceará tem uma das maiores participações de GNR no volume de gás distribuído no mundo. Em países desenvolvidos como a França e o Japão, este índice é inferior a 5%. Na Suécia, o percentual é de 12%.
O presidente da CEGÁS, Hugo Figueirêdo, considerou a premiação um estímulo à cultura de inovação no Estado. “Pela CEGÁS, gostaria de dizer que estamos muito felizes. Agradecemos a premiação e a toda a equipe da nossa empresa que tornou possível essa experiência inovadora”, disse.
Paulo Mota
Assessor de Comunicação e Marketing da Cegás
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